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10/03/2013

Colóquio "Escritoras brasileiras em Portugal" na BNP


COLÓQUIO “ESCRITORAS BRASILEIRAS EM PORTUGAL” NA BIBLIOTECA NACIONAL
No âmbito das comemorações do Ano Brasil / Portugal, a Biblioteca Nacional de Portugal - BNP organiza no dia 11 de Março o colóquio “Escritoras Brasileiras em Portugal”, que integra ainda uma mostra bibliográfica sobre “Escritoras Brasileiras editadas em Portugal”.



O evento que conta com o apoio da Embaixada do Brasil em Portugal, do CLEPUL (Universidade de Lisboa), do CESNOVA (Universidade Nova de Lisboa) e do Mestrado em Estudos Brasileiros (FLUL-ICS), realizar-se-á pelas 17 horas, no Auditório da BNP, em Lisboa.

O colóquio conta com as intervenções de Arnaldo Saraiva (Universidade do Porto), Ana Maria Lisboa de Mello (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), Maria Aparecida Ribeiro (Universidade de Coimbra), Abel Barros Batista (Universidade Nova de Lisboa) e Alva Martínez (Universidade de Lisboa) que falarão respectivamente sobre: “A edição de escritoras brasileiras em Portugal”, “Ligações indissolúveis de Cecília Meirelles a Portugal”, “A sertaneja que não quis tradução: Rachel de Queiroz e a Livros do Brasil”, “Laços de Clarice” e “Um paraíso desabitado: a terra devastada da Utopia no teatro de Hilda Hilst”.

A mostra, que será inaugurada no mesmo dia e estará patente até dia 4 de Maio, é coordenada por Isabel Lousada e Gina Rafael,  e será dedicada às edições portuguesas de cerca de 70 escritoras  brasileiras, existentes na colecção da BNP, representativas da produção da escrita  feminina brasileira do século XVIII até ao presente, desde as  “Aventuras de Diófanes, imitando o sapientisssimo Fenelon na sua Viagem de Telemaco” (1777),  de Teresa Margarida da Silva e Orta (1712-1793), até à mais recente edição, de 2012,  a obra “Nada a dizer”, de Elvira Vigna.

Para mais informações sobre a programação, consulte aqui o site da BNP.

 através do Twitter de Cena Lusófona: @CenaLusofona

A 9 de Março de 1500 partiu de Lisboa



A 9 de março de 1500 terá partido de Lisboa, a frota que haveria de descobrir o Brasil a 22 de abril de 1500. Aproveitamos para divulgar um documento, assinado por Pedro Álvares Cabral, http://digitarq.dgarq.gov.pt/details?id=4611084 pertencente à coleção “Fragmentos” http://digitarq.dgarq.gov.pt/details?id=4185711 do Arquivo Nacional da Torre do Tombo

08/03/2013

Almeida Faria sobre Ariano Suassuna


Almeida Faria (centro) e Ariano Suassuna (dir.) na palestra sobre Utopia, Messianismo e Sebastianismo. VIII Fliporto - Olinda, Pernambuco, Brasil. 16/11/2012. 

                                     A espera cíclica de uma solução 
O escritor português Almeida Faria conversou com o blog literário e nos falou da sua admiração por Ariano Suassuna, que estará ao seu lado numa das mesas da Fliporto e da força da expressão “sebastianismo” no mundo atual.
1 – O senhor poderia falar um pouco da sua impressão em relação à obra de Ariano Suassuna, que estará ao seu lado numa das mesas da Fliporto?
 - A minha relação com a obra de Suassuna começou vai para meio século e vem progredindo por saltos e acasos. Em mil novecentos e sessenta e quatro, por um golpe de sorte, descobri num alfarrabista da Rua do Poço dos Negros, em Lisboa,Uma Mulher Vestida de Sol, sua primeira peça. O poético título, inspirado noApocalipse, levou-me a comprar sem hesitar aquela edição da Universidade do Recife, de capa amarelo torrado, com um sol vermelho baço sobre fundo acastanhado.
Tinha eu vinte e poucos anos, publicara dois romances e sonhava escrever teatro. Porém, no Portugal de então, havia um óbice capaz de desencorajar quaisquer veleidades teatrais: a imprensa periódica, o cinema e o teatro eram submetidos a uma férrea Censura Prévia. A ditadura de Salazar achava que, num país maioritariamente analfabeto, mais perigosos e potencialmente mais subversivos que os livros eram alguns espectáculos. Autores como Sartre, Peter Weiss e outros não eram encenáveis nem, nalguns casos, publicáveis. Assim se explica que boa parte da minha geração desconhecesse Suassuna até ao sucesso doAuto da Compadecida. O qual, graças às mil maravilhas do You Tube, vi no meu computador.
Por uma dessas coincidências que o surpreendente espectáculo da vida por vezes nos reserva, há anos viajei com Selton Mello, o Chicó pícaro da mais recente versão do Auto da Compadecida, num voo São Paulo-Rio. Ambos tínhamos assistido na véspera, em São Paulo, à antestreia de Lavoura Arcaica, filme baseado no romance de Raduan Nassar, amigo de longa data, em que Selton era o protagonista.
Das muitas peças de Suassuna, li mais três além da primeira: O Santo e a Porca,na qual Santo António, o casamenteiro de Lisboa ou de Pádua (tanto faz) é um excelente exemplo de „graça e astúcia cabocla“ (palavras de Carlos Drummond de Andrade); O Casamento Suspeitoso; e, enfim, A Pena e a Lei.
Em mil novecentos e sessenta e oito, sendo eu escritor residente nos Estados Unidos, palestrei em diversas universidades e numa delas conheci um bem disposto professor brasileiro que me contou como começara a sua fugaz carreira teatral encarnando a personagem de Joaquim na montagem inicial de A Pena e a Lei no Teatro do Parque, aqui ao lado.
Nos anos setenta comprei o Romance d´A PEDRA DO REINO e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, cuja epígrafe de abertura é uma frase atribuída a „DOM SEBASTIÃO, O DESEJADO – Rei de Portugal, do Brasil e do Sertão“. As maiúsculas do título e da epígrafe não são minhas, são da edição original que anotei e sublinhei.
Estas sucessivas aproximações às ficções de Suassuna dão-me a impressão de conhecê-lo já há décadas. Na verdade, nunca nos encontrámos.
- Em que medida a expressão “sebastianismo” ainda decifra o povo português ou mesmo o brasileiro, já que tivemos movimentos de sebastianismo ao longo da nossa história?
- Não sei se "decifra" ou não. Quanto aos portugueses, o sebastianismo é uma forma de messianismo, é a espera cíclica de uma solução vinda de fora, uma frágil fé ou esperança a que nos agarramos em momentos de aflição. D. Sebastião foi um pobre-diabo e uma figura trágica. O príncipe D. João, seu pai, morreu aos dezasseis anos, antes mesmo de o filho nascer. A mãe, Dª Joana de Áustria, filha do imperador Carlos V e portanto irmã de Felipe II, rei de Espanha, casou aos dezanove anos e ficou viúva menos de um ano depois. Cumprido o dever de dar um herdeiro à coroa portuguesa, regressou a Madrid onde fundou o mosteiro das Descalças Reais para ela própria e nele viveu até morrer. Nunca mais viu o filho. Já em criança cognominado o Desejado, órfão de pai e abandonado pela mãe, D. Sebastião foi educado pelos jesuítas e pela avó, Dª Catarina de Áustria, num caldo cultural que o levou a sonhar ser um herói, virgem como Galahad e imortal como outros cavaleiros da Távola Redonda. Tinha vinte e quatro anos quando, para escapar à obrigação de casar, decidiu sem mais nem quê ir atacar os “infiéis” no Norte de África Em Agosto de 1578, após uma viagem em centenas de barcos, à frente de um exército parcialmente formado por milhares de mercenários de toda a Europa, o incauto rei, perseguindo o “inimigo” que fingia fugir dele, avançou deserto a dentro. Sob um sol fulminante, com homens e cavalos sequiosos, exaustos, num lugar chamado Alcácer Quibir, os cristãos foram em poucas horas massacrados e o rei nunca mais foi visto. Alguns dos grandes do reino, distinguíveis pela riqueza das armas e armaduras, e pela raça e jaezes dos cavalos, foram poupados a fim de serem trocados por rendosos resgates. Como a nobreza devia morrer pelo rei ou com o rei, os sobreviventes fizeram constar que o rei desaparecera, que se tornara Encoberto e iria voltar. O país inteiro ficou à espera dele. Sem filhos nem irmãos, o seu sucessor mais próximo era o tio e primo em segundo grau, Felipe II, rei de Espanha e de um mundo “onde o sol nunca se punha”. Melhor que eu aqui em duas linhas, o poeta Hans Magnus Enzensberger conta aliás esta história sebástica, em discurso direto que me é atribuído, num dos brilhantes ensaios de Ach Europa! (A Outra Europa. Impressões de sete países europeus, com um epílogo de 2006, na edição brasileira da Companhia das Letras). O primeiro profeta do Encoberto foi o visionário Bandarra, um sapateiro nascido em Trancoso no ano em que os portugueses chegaram ao Brasil. Retomando a lenda céltica de um rei adormecido numa ilha envolta em névoa, publicou as Trovas anunciando a vinda do rei Encoberto. Naqueles turvos tempos de Contra- Reforma, boa parte da Igreja Católica preferia a santa ignorância, e quem conhecesse um pouco do Antigo Testamento era suspeito. Acusado de judaísmo, o sapateiro foi preso e levado, em 1541, numa das sinistras procissões que antecediam os autos-da-fé. Não se sabe porquê, escapou à fogueira. No século seguinte surgiu o missionário do sebastianismo, aquele luso-brasileiro Padre Vieira a quem Fernando Pessoa chamou “imperador da língua portuguesa”. Igualmente perseguido e preso pela Inquisição, valeu-lhe a proteção do rei, que o mandou em secretas e delicadas tarefas diplomáticas à Holanda e a Roma. Regressado a Portugal, teve o cuidado de deixar inédito o magno tratado milenarista e bíblico intitulado História do Futuro. Mais perto de nós, o mito encontrou o seu mais inspirado defensor em Fernando Pessoa, que põe na boca do Desejado a defesa da sua orgulhosa loucura:
Louco, sim, louco porque quis grandeza Qual a sorte a não dá (…) Sem a loucura, que é o homem Mais que a besta sadia, Cadáver adiado que procria.
No meu romance O Conquistador narro o aparecimento fantástico de uma criança fisicamente semelhante a D. Sebastião, na manhã enevoada de um dia de São Sebastião, vinte de Janeiro, dia do nascimento do rei. O incipit romanesco acontece a vinte de Janeiro de 1954, quatro séculos exatos, dia por dia, sobre a data em que nasceu o Desejado. Mas o meu protagonista tem outras ambições, e são outras as suas conquistas. Em manhãs de nevoeiro ouve-se aqui dizer que é um dia ideal para D. Sebastião voltar. E hoje mesmo, 3 de novembro, no Público, o mais prestigiado diário português, o acutilante cronista Vasco Pulido Valente termina assim o seu artigo de opinião sobre a desgraça financeira e política do país: “Se alguém encontrar D. Sebastião numa manhã de nevoeiro, por favor escreva para este jornal.”

27/02/2013

Saracotia - Apresentação dia 1º de Março de 2013


Show do grupo Saracotia
sexta-feira, 1º de Março de 2013
Horário: 22h
Casa de Seu Jorge
Av. Santos Dumont, 1066 - Rosarinho
Recife
Reservas: (81) 3034-1066.


Fanpage Saracotia: www.facebook.com/pages/Saracotia/120116735090


31/01/2013

Geografia Pessoal - Ariano Suassuna na "Cadernos de Literatura Brasileira"






























O Monumento Armorial de D. Ariano Villar Suassuna para o Reino do Brasil


Revista "Cadernos de Literatura Brasileira: Ariano Suassuna"


Fotografia tirada por Euclydes Villar das duas Pedras do Reino. 
SUASSUNA, Ariano. Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta,
romance armorial popular brasileiro. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1976. 4a edição. 635 p.


Insígnia astrológica de Dom Pedro Dinis Quaderna, o Decifrador.






30/11/2012

Artur Afonso


22



Por Artur Afonso 

Dá-me a conhecer o mundo que anseio,
enche-me a vida de imolando!
Quero sentir o gozo da vida.

Quero ser parte do que é teu, 
conhecer as belas coisas do mundo,
sentindo a eternidade pulsante!

[Se tu soubesses o desejo que em mim, qual Fénix, renasce!
Se tu soubesses todas as coisas do saber, do amor distante...]

Vem, vem...
soubesses a alma que em mim fenece,
torpe distância que em mim se consome...
Vem, vem, vem... como me embalando.

Dá-me as coisas que não existem mas sinto,
Dá-me amor, esse desejo das coisas vencidas,
palpitantes por dentro...
satírica fome das coisas absortas!

Vem,
dá-me a poesia da vida!
- Que te possua olhando nas órbitas,
por dentro, como se eu fora o único, o tal,
o perene ser das coisas etéreas!

Vem,
dá-me esse regozijo de vida,
essas palpitações convulsas,
esse pulsar de alma que sente, de quem só sente...

Beija-me por dentro,
eu trémulo por tuas mãos arguentes, dá-se fome, dá-me tanto!
- A fome das coisas ausentes,
das coisas que sinto,
a fome da poesia ao dilacero, a fome que não pára!
Cicatriza-se-me a alma, parte-se-me o pranto!

Ah! Prosterna-me!
Goza no eu olhando-te na íris,
no eu que querendo-te em violência cortante,
como saciando fome de séculos e de vida!

...

Dá-se este pungir das coisas húmidas,
líquidos viscosos do corpo.
Ah... ser teu... vem!

Ser mais...
Ser como tu, nas estrelas distantes,
ser das coisas belas e reais...

Pulsar de vida!

- Artur Afonso

Fonte da imagem: http://www.romerodeandradelima.com.br
Exposição "Memória Armorial".
Outubro/09


17/11/2012

Espanha, Portugal e América Latina



Espanha propõe aliança com Portugal e países da América Latina para enfrentar crise

O rei espanhol Juan Carlos abriu, sexta-feira (16), a 22ª Cúpula Ibero-Americana, em Cádiz, propondo alianças entre a Espanha, Portugal e os países da América Latina a fim de aproveitar a atual bonança econômica das antigas colônias.
América do Sul, Espanha e Portugal em busca de convergências
Cádiz - O rei espanhol Juan Carlos abriu, sexta-feira (16), a 22ª Cúpula Ibero-Americana, em Cádiz, propondo alianças entre a Espanha, Portugal e os países da América Latina a fim de aproveitar a atual bonança econômica das antigas colônias. Segundo ele, os dois lados do oceano devem falar com "uma só voz".
"Nossos olhos estão em vocês, temos experiência que se pode dividir", disse aos chefes de Estado e de Governo da América Latina presentes à inauguração da cúpula. Para o rei, atualmente o Continente Latino-Americano tem mais coesão social, mas ainda precisa lutar contra as desigualdades.
"A Espanha tem sido terra de acolhida da América Latina", disse o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy. Segundo ele, contar com "mais América Latina na Europa e na Espanha é uma receita imbatível para afrontar os atuais desafios".
O que ficou claro na abertura do encontro é o desejo de "uma relação renovada" entre a América Latina, a Espanha e Portugal.
Neste primeiro dia, a presidenta Dilma Roussef teve duas reuniões bilaterais com os colegas da República Dominicana e do Haiti.
Acompanham a presidente brasileira os ministros Antonio Patriota, das Relações Exteriores, Aloizio Mercadante, da Educação, Helena Chagas, da Comunicação Social, e Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais.
Neste sábado (17), a presidente Dilma deverá se posicionar sobre a crise na Europa ibérica, na sessão plenária em que os chefes de Estado e de Governo assinarão a Declaração de Cádiz.
O documento destacará o desenvolvimento de infraestruturas, a promoção de micro, pequenas e médias empresas e políticas de crescimento econômico e emprego. As informações são da ABr.

Fonte: Portugal Digital 
http://www.portugaldigital.com.br/politica/ver/20073252-espanha-propoe-alianca-com-portugal-e-paises-da-america-latina-para-enfrentar-crise
Acesso em 17/11/2012.