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16/02/2012

Graciliano Ramos


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Graciliano Ramos (Foto por Kurt Klagsbrunn)


1953 BR
Morre o escritor Graciliano Ramos. Nasceu em 1892, em Quebrangulo [paroxítono], Alagoas. Casado duas vezes, tem sete filhos. Altura, 1,75. Sapato n.º 41. Colarinho n.º 39. Prefere não andar. Não gosta de vizinhos. Detesta rádio, telefone e campainhas. Tem horror às pessoas que falam alto. Usa óculos. Meio calvo. Não tem preferência por nenhuma comida. Indiferente à música. Não gosta de frutas nem de doces. Sua leitura predileta: a Bíblia. Escreve Caetés com 34 anos de idade. Não dá preferência a nenhum dos seus livros publicados. Gosta de beber aguardente. É ateu. Indiferente à Academia. Odeia a burguesia. Adora crianças. Romancistas brasileiros que mais lhe agradam: Manoel António de Almeida, Machado de Assis, Jorge Amado, José Lins do Rego e Rachel de Queiroz. Gosta de palavrões escritos e falados. Deseja a morte do capitalismo. Escreve seus livros pela manhã. Fuma cigarros Selma (três maços por dia). É inspetor de ensino, trabalha no Correio da Manhã. Apesar de o acharem pessimista, discorda de tudo. Só tem cinco ternos de roupa, estragados. Refaz seus romances várias vezes. Esteve preso duas vezes. É-lhe indiferente estar preso ou solto. Escreve à mão. Seus maiores amigos: Capitão Lobo, Cubano, José Lins do Rego e José Olympio. Tem poucas dívidas. Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava os presos para construírem estradas. Espera morrer com 57 anos (Obs.: morreu aos 61). Capitão Lobo comandava o quartel em que esteve preso no Recife, 1936; Cubano foi um ladrão que ele conheceu na cadeia. Ver Memórias do Cárcere, título idêntico ao de Camillo Castello Branco. “Esse Graciliano Ramos, ou Velho Graça, ou Major Graça, ou Mestre Graça, como o chamavam afetuosamente, é um fingidor. Por sentimentalismo ou vergonha, finge-se mais áspero do que é, mais espinhoso que um mandacaru. Sertanejo magro, de ombros curvos, um cigarro ardendo entre os dedos ou na boca, de roupas simples mas asseadas, mãos limpas (em todos os sentidos). Cria fama de grosseiro.    



Obras:

§  Caetés (1933) (ganhador do prêmio Brasil de literatura);
§  São Bernardo (1934);
§  Angústia (1936);
§  Vidas Secas (1938);
§  Infância (1945);
§  Histórias Incompletas (1946);
§  Insônia (1947);
§  Memórias do Cárcere, póstuma (1953);
§  Viagem, póstuma (1954);
§  Linhas Tortas, póstuma (1962);
§  Viventes das Alagoas, póstuma (1962);
§  Alexandre e Outros Heróis, póstuma (1962);
§  Cartas, póstuma (1980);
§  O Estribo de Prata, póstuma (1984);
§  Cartas à Heloísa, póstuma (1992).

traduções:

Graciliano Ramos também dominava o INGLÊS e o FRANCÊS. Realizou algumas traduções:
§  Memórias de um Negro de Booker T. Washington, (1940);
§  A Peste de Albert Camus, (1951)

Prêmios 

§ 1936  - Prêmio lIMA bARRETO (Revista Acadêmica) - aNGÚSTIA
§  1937 - Prêmio lITERATURA INFANTO-JUVENIL (mINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO) - A tERRA DOS MENINOS PELADOS
§  1942 - Prêmio Felipe de Oliveira - Conjunto da Obra
§  1962 - Prêmio da Fundação William faulkner (Estados Unidos) - Vidas secAS



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