Inserido na zona leste da cidade, o bairro compreende duas áreas: a Ribeira Histórica (parte baixa do bairro) e o Alto da Ribeira (parte alta do bairro). Depois de uma série de ações promovidas para a revitalização do bairro, o mesmo está recebendo diversos investimentos, principalmente a instalação de vários arranha-céus na região tais como o edifício Mirante João Olímpio Filho, o maior da cidade. Tal fenómeno é atribuído pela Lei de Operação Urbana da Ribeira, de 1997, que foi revisada em 2007. Esta lei concede uma série de benefícios fiscais e construtivos a fim de reabitar o bairro, restaurar prédios históricos e atrair novos investimentos.
A Ribeira faz limite com o rio Potengi (ao Oeste), os bairros de Santos Reis e Rocas (ao Norte), Tirol e Petrópolis e Rocas (ao Leste) e Cidade Alta (ao Sul).
O historiador potiguar Câmara Cascudo explica assim a origem do nome do bairro:
Ribeira porque a praça Augusto Severo era uma campina alagada pelas marés do Potengi. As águas lavavam os pés dos morros. Onde está o Teatro Alberto Maranhão, tomava-se banho salgado em fins do século XIX. O português julgava estar vendo uma ribeira. O terreno era quase todo ensopado, pantanoso, enlodado. Apenas alguns trechos ficavam a descoberto nas marés altas de janeiro. — Câmara Cascudo, História da Cidade de Natal
Praça Augusto Severo, Ribeira Histórica A Ribeira é berço de importantes personalidades natalenses. Lá viveram Café Filho, Câmara Cascudo, Henrique Castriciano, Ferreira Itajubá, Pedro Velho, Newton Navarro, Aderbal de França, Erasmo Xavier e Januário Cicco, entre outros. |
Rua Chile A partir de meados do século XIX, consolidou-se o comércio na região, de artigos que chegavam e partiam pelo rio Potengi, em uma relação negocial dominada por Pernambuco. Mais tarde, essa vocação da região para centro de comércio de mercadorias pelos navios se consolidaria com a conturbada construção do Porto de Natal.
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Teatro Alberto Maranhão Em 1905, foi inaugurada a Praça Augusto Severo, em homenagem ao norte-riograndense pioneiro da aviação. Alguns anos mais tarde, ela receberia estátuas de Nísia Floresta e do próprio Augusto Severo. Por duas vezes, em 1930 e em 1933, um balão dirigível de fabricação alemã, o Graf Zeppelin, sobrevoou Natal e jogou homenagens para o aeronauta potiguar sobre a praça que levava seu nome. A praça recebeu melhorias e tornou-se importante ponto de encontro. Ao seu redor foram construídos prédios tradicionais, como o Teatro Carlos Gomes (hoje Teatro Alberto Maranhão), o Cine Polytheama (primeiro cinema de Natal), a Antiga Escola Doméstica de Natal, o Grupo Escolar Augusto Severo (que também foi sede do Atheneu e da Faculdade de Direito), o Colégio Salesiano São José, a Estação Rodoviária de Natal( hoje transformada em museu), e a Estação da Great Western. No início do século XX, foi o primeiro bairro de Natal a receber iluminação pública. Nos anos 1940, funcionava no bairro o mais importante hotel da cidade, o Grande Hotel, que hospedou importantes personalidades durante a Segunda Guerra Mundial. O bairro foi o núcleo do comércio da cidade, até perder espaço, após a Guerra, para a Cidade Alta e o Alecrim. Em 1966, começaram a circular as balsas que faziam a travessia Natal-Redinha. Em 1983 foi concluída a drenagem e o esgotamento sanitário do bairro, e em 1990, passou a integrar a Zona Especial de Preservação Histórica, juntamente com o bairro de Cidade Alta. Na década de 1990, um projeto de revitalização incluiu a recuperação das fachadas dos imóveis da Rua Chile, e a ampliação da iluminação e do calçamento.
Selecção de fotos em http://pt.wikipedia.org/wiki/Ribeira_(Natal) http://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_Newton_Navarro |
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