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30/08/2012

STS Sedov (Седов) no Porto do Recife (II)



Comandante do Sedov exalta brasileiros na estada do veleiro russo em Recife

Nicholas Zorchenko abriu a embarcação para visita de sete mil pernambucanos


O veleiro russo Sedov, que deixou o porto de São Petersburgo, no dia 20 de maio, para uma volta ao mundo que passará por todos os continentes e terminará em julho de 2013, esteve no Brasil, mais especificamente no porto de Recife, em Pernambuco, onde permaneceu atracado entre a quarta-feira, 22, e o domingo, 26. Antes de deixar o Brasil, com destino ao Uruguai, o comandante do Sedov, Nicholas Zorchenko, concedeu uma entrevista por telefone à Voz da Rússia.
Voz da Rússia – Comandante Nicholas Zorchenko, como o Sedov e a sua tripulação foram recebidos no Brasil, mais especificamente, em Recife, a capital de Pernambuco?


O veleiro russo Sedov está fazendo uma viagem de volta ao mundo

Nicholas Zorchenko – Fomos muito bem recebidos. Pela primeira vez, em sua longa história de 91 anos de vida, o veleiro Sedov esteve no porto brasileiro do Recife. Também pela primeira vez, a maioria dos nossos marinheiros teve a oportunidade de conhecer esta bela cidade. Os serviços portuários trabalharam com precisão na amarração do navio. Fomos muito bem recebidos, tanto pela população como pelos funcionários do porto e também pela Capitania dos Portos de Pernambuco.

VR – Por que a cidade de Recife foi escolhida como a etapa brasileira da viagem do Sedov?
NZ – O objetivo da nossa entrada no porto brasileiro do Recife foi estratégica e de negócios, pois precisávamos reabastecer o navio e, também, receber os visitantes brasileiros. Recife era o ponto ideal para esta parada de reabastecimento. Afinal, cruzamos o Oceano Atlântico durante 23 dias após deixar Casablanca, no Marrocos. No Recife, então, recebemos combustível, água, alimentação e pudemos fazer alguns pequenos reparos de manutenção. Também pudemos descansar um pouco no Brasil antes de partir para o Uruguai. Mas o que eu devo dizer é que Recife nos impressionou muito, tanto a mim e a alguns marinheiros que já conhecíamos a cidade, quanto aos tripulantes que vieram ao Recife pela primeira vez. A cidade, de fato, é muito bonita. Recife impressiona pela arquitetura antiga e pela sua moderna urbanização que se complementam harmoniosamente. Há muitas pontes sobre os rios e canais e não é por acaso que esta cidade é chamada, também, de Veneza Brasileira. E, o que é mais importante: o povo brasileiro é agradável e muito amigável. No sábado, 25, o navio foi aberto para receber os visitantes, em torno de 6 a 7 mil pessoas. Colocamos guias à disposição dos visitantes que se encantaram com os detalhes do nosso navio.

VR – Quais os próximos rumos da viagem do Sedov?
NZ – Deixamos Recife no domingo, 26, e estamos seguindo para Montevidéu, no Uruguai. De lá, vamos para o porto de Ushuaia, na Argentina, e, em seguida, vamos à cidade de Valparaíso, no Chile. Nossa última etapa na América do Sul será o porto de Callao, no Peru. De lá, o veleiro Sedov vai cruzar todo o Oceano Pacífico, fazendo várias escalas até Vladivostok, na Rússia onde, em 25 de janeiro de 2013, completaremos a segunda fase da nossa viagem de circum-navegação. Nesta cidade russa, vamos fazer a troca de tripulação, receber novos cadetes, já que o Sedov é um navio-escola, e rumaremos então para São Petersburgo, onde a nossa viagem de 14 meses de duração deverá terminar no dia 20 de julho de 2013.

VR – Como estão se comportando os alunos e os tripulantes do Sedov ao longo desta viagem de circum-navegação?
NZ – Os cadetes e tripulantes são preparados mental e fisicamente para percursos de longa duração. Os membros da equipe estão prontos para enfrentar a viagem de 14 meses, enquanto os alunos para seis meses. Para os jovens, este é um sério desafio. Os cadetes rapidamente se acostumaram ao ritmo e ao calor. Não tenho nenhuma reclamação do trabalho de todas estas pessoas que estão conosco nesta longa viagem pelo mundo. Quanto à tripulação, a situação é ainda mais segura. A equipe é unida e experiente. Temos tripulantes que trabalham no Sedov há 40 anos e outros, há 5, 6 anos. Felizmente, e com a graça de Deus, está tudo correndo muito bem nesta longa viagem.

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