Nesta versão dos Estados
Unidos da América do futuro, a população americana acredita que o amor é uma
doença mortal, e todos os jovens de 18 anos são submetidos à chamada cura.
A família de Lena é assombrada
por algo que aconteceu à mãe dela, mais de dez anos atrás, e todos que a
conhecem dizem que ela tem “sangue ruim”.
Quando ouvi falar de Delírio pela primeira vez, achei
original a ideia que a autora teve de fazer com que um sentimento tão bom fosse
considerado algo de que devíamos fugir, porque nos traz infelicidade e dor.
O mundo criado por Lauren me lembrou Divergente, pelas fronteiras que não podiam ser ultrapassadas, e
pela similaridade entre as duas obras.
Os perigosos para a sociedade
são os Simpatizantes, que se opõem
ao sistema, banidos pela sociedade, ou mortos. Os chamados Inválidos são aqueles que vivem fora da cidade de Portland, e são como lendas para o povo
curado, pois ninguém se atreve a ultrapassar a cerca.
Conforme eu avançava na narrativa,
mal esperava para ler os momentos em que Lena não passasse por dificuldades.
As distopias nos fazem
questionar o que realmente nos faz bem ou não. Lena vive sem saber, até certo
ponto, que a cura faz com que as pessoas com quem convive se esqueçam de como é
sentir empatia ou simplesmente sentir saudade do que foi bom. O mal não é o amor, e sim a indiferença.
Será que ela será feliz
quando for curada, como todos pensam que são? O que acontecerá a quem Lena é,
depois que suas memórias forem apagadas por uma seringa?
Foi difícil entrar na pele da
personagem, que, no começo, pensava como todos queriam que pensasse. Embora a
narrativa fosse em primeira pessoa, só consegui entender os pensamentos dela
quando acontece o impensável.
“Agora
o lugar está cheio dele: tão próximo que não consigo respirar, não consigo me
mover, falar ou pensar. Toda vez que seus dedos me tocam, o tempo parece parar
por um segundo, como se pudesse se desfazer. O mundo inteiro está se
desfazendo, concluo, exceto nós. Nós.”
O romance entre Lena e Alex faz com que a violência do livro
seja um pouco apagada, embora não de todo. Outra personagem da qual gostei
muito foi Hana, a melhor amiga de
Lena.
Hana, assim como Alex, fazem
Lena perceber aos poucos que a sociedade em que vivem tem algo errado, e Lena
quer lutar contra os ideais distorcidos dos governantes da cidade.
“Em todos os dezessete anos e onze meses de minha vida, nunca, nem
uma vez sequer, pensei assim. Sempre estive tão acostumada a pensar no que as
fronteiras mantêm fora que não pensei que elas também nos prendem aqui dentro.”
Antes de ler Pandemônio, gostaria muito de saber os
pontos de vista de Hana e Alex. Os dois, com certeza, são meus personagens
favoritos.
Delírio, embora não tenha me cativado tanto, merece ser lido, pelo
que nos faz pensar. O que faríamos, se o sentimento que nos faz viver nos
causasse medo, ou não pudéssemos dizer eu
te amo?
“Disseram que o amor era uma
doença. Disseram que ele acabaria nos matando. Pela primeira vez percebo que
isso também pode ser mentira.”
Livro #1 da série Delírio
Título Original: Delirium
Autora: Lauren Oliver
Tradução: Rita Sussekind
Editora: Intrínseca
Páginas: 352
Ano de Publicação: 2012
ISBN: 978-85-8057-164-6
Já pensou um mundo onde as pessoas não tem amor pelas outras?
ResponderExcluirSe já está assim com salva pessoas que sentem empatias pelas outras, imagine se aplicassem essa injeção. Cruz credo! kkkk
Já ouvi muito desse livro mas nunca parei pra ler a sinopse ou resenhas sobre, porque nunca me interessei de verdade. Mas agora estou interessada e deu muita vontade. Ainda mais por se assemelhar em alguns pontos com Divergente.
Bjos,
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Oi, Ananda! Desculpe não ter respondido ao seu comentário, estive afastada do blog por um tempo. Eu também não estava interessada em Delírio até que li uma resenha sobre ele, ainda tenho que ler os outros dois da trilogia. Vou visitar seu blog assim que possível. Obrigada por comentar. Beijos!
ExcluirOlá :) Amei a sua resenha! *-* :D Já faz um tempão que desejo ler esse livro, *-* adoro distopias, o assunto chamou muito a minha atenção, sou romântica e não consigo viver sem o sentimento "amor" rsrs, nossa, a situação dos personagens deve ser muito difícil. :o
ResponderExcluirConcordo com você, achei muito diferente e original essa ideia da Lauren Oliver, visto que o "amor" é o principal/melhor sentimento do ser humano.
Obrigada pela sua visita lá no meu blog. ;) Sinta-se a vontade para visitar quando puder e quiser! *-* Beijão!!! <3 sua linda :3
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