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03/03/2015

[RESENHA] Delírio - Lauren Oliver



  
  Lena Haloway é uma adolescente de dezessete anos que conta os dias para que sua intervenção contra o amor deliria nervosa seja feita.
  Nesta versão dos Estados Unidos da América do futuro, a população americana acredita que o amor é uma doença mortal, e todos os jovens de 18 anos são submetidos à chamada cura.
  A família de Lena é assombrada por algo que aconteceu à mãe dela, mais de dez anos atrás, e todos que a conhecem dizem que ela tem “sangue ruim”.

  Quando ouvi falar de Delírio pela primeira vez, achei original a ideia que a autora teve de fazer com que um sentimento tão bom fosse considerado algo de que devíamos fugir, porque nos traz infelicidade e dor.
  O mundo criado por Lauren me lembrou Divergente, pelas fronteiras que não podiam ser ultrapassadas, e pela similaridade entre as duas obras.
  Os perigosos para a sociedade são os Simpatizantes, que se opõem ao sistema, banidos pela sociedade, ou mortos. Os chamados Inválidos são aqueles que vivem fora da cidade de Portland, e são como lendas para o povo curado, pois ninguém se atreve a ultrapassar a cerca.
  Conforme eu avançava na narrativa, mal esperava para ler os momentos em que Lena não passasse por dificuldades.
  As distopias nos fazem questionar o que realmente nos faz bem ou não. Lena vive sem saber, até certo ponto, que a cura faz com que as pessoas com quem convive se esqueçam de como é sentir empatia ou simplesmente sentir saudade do que foi bom. O mal não é o amor, e sim a indiferença.
  Será que ela será feliz quando for curada, como todos pensam que são? O que acontecerá a quem Lena é, depois que suas memórias forem apagadas por uma seringa?
  Foi difícil entrar na pele da personagem, que, no começo, pensava como todos queriam que pensasse. Embora a narrativa fosse em primeira pessoa, só consegui entender os pensamentos dela quando acontece o impensável.

  “Agora o lugar está cheio dele: tão próximo que não consigo respirar, não consigo me mover, falar ou pensar. Toda vez que seus dedos me tocam, o tempo parece parar por um segundo, como se pudesse se desfazer. O mundo inteiro está se desfazendo, concluo, exceto nós. Nós.”

    O romance entre Lena e Alex faz com que a violência do livro seja um pouco apagada, embora não de todo. Outra personagem da qual gostei muito foi Hana, a melhor amiga de Lena.
   Hana, assim como Alex, fazem Lena perceber aos poucos que a sociedade em que vivem tem algo errado, e Lena quer lutar contra os ideais distorcidos dos governantes da cidade.

“Em todos os dezessete anos e onze meses de minha vida, nunca, nem uma vez sequer, pensei assim. Sempre estive tão acostumada a pensar no que as fronteiras mantêm fora que não pensei que elas também nos prendem aqui dentro.”

  Antes de ler Pandemônio, gostaria muito de saber os pontos de vista de Hana e Alex. Os dois, com certeza, são meus personagens favoritos.
  Delírio, embora não tenha me cativado tanto, merece ser lido, pelo que nos faz pensar. O que faríamos, se o sentimento que nos faz viver nos causasse medo, ou não pudéssemos dizer eu te amo?

 “Disseram que o amor era uma doença. Disseram que ele acabaria nos matando. Pela primeira vez percebo que isso também pode ser mentira.”


Livro #1 da série Delírio
Título Original: Delirium
Autora: Lauren Oliver
Tradução: Rita Sussekind
Editora: Intrínseca
Páginas: 352
Ano de Publicação: 2012
ISBN: 978-85-8057-164-6


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3 comentários:

  1. Já pensou um mundo onde as pessoas não tem amor pelas outras?
    Se já está assim com salva pessoas que sentem empatias pelas outras, imagine se aplicassem essa injeção. Cruz credo! kkkk

    Já ouvi muito desse livro mas nunca parei pra ler a sinopse ou resenhas sobre, porque nunca me interessei de verdade. Mas agora estou interessada e deu muita vontade. Ainda mais por se assemelhar em alguns pontos com Divergente.

    Bjos,
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    1. Oi, Ananda! Desculpe não ter respondido ao seu comentário, estive afastada do blog por um tempo. Eu também não estava interessada em Delírio até que li uma resenha sobre ele, ainda tenho que ler os outros dois da trilogia. Vou visitar seu blog assim que possível. Obrigada por comentar. Beijos!

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  2. Olá :) Amei a sua resenha! *-* :D Já faz um tempão que desejo ler esse livro, *-* adoro distopias, o assunto chamou muito a minha atenção, sou romântica e não consigo viver sem o sentimento "amor" rsrs, nossa, a situação dos personagens deve ser muito difícil. :o
    Concordo com você, achei muito diferente e original essa ideia da Lauren Oliver, visto que o "amor" é o principal/melhor sentimento do ser humano.
    Obrigada pela sua visita lá no meu blog. ;) Sinta-se a vontade para visitar quando puder e quiser! *-* Beijão!!! <3 sua linda :3
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